O DIREITO DE AMAR A ”DEUS”
Nós, sem exceção de ninguém,
acreditamos, e temos a plena e infinita certeza, que todas as pessoas do mundo
em que abitamos temos o direito de amar a “Deus” e de provar de Seu imensurável
amor e misericórdia, independente do lugar onde vivamos, do intelecto que
temos, das vontades mais secretas que nos animam a alma.
Nós acreditamos, embora o mundo
nos imponha um pensamento infame em sentido oposto, que todo ser humano somos
criados iguais e merecedores, igualmente, de todo o genuíno amor de DEUS,
espalhado por todos os cantos do mundo, pois tudo o que DEUS criou é bom e
provém de Sua imensurável sabedoria.
Como o homem, pela Graça de Deus,
não foi criado para ser escravo de si mesmo e, portanto, sem perspectiva de
decisão, mas, sim, para ser escravo da misericórdia, do amor e da justiça de
Deus. O homem, então, recebeu, pela
Graça, o duplo direito de ser feliz, qual seja, ser livre para fazer tudo o que
desejar no amor de Deus e junto Dele, bem como ser livre para desejar fazer tudo
o que quisesse ao exclusivo modo, afastando-se definitivamente da presença do
Pai.
O homem, então, por livre
arbítrio, decidiu desobedecer e rompeu a aliança com Deus, crendo que seria
feliz e viveria eternamente somente como sendo à imagem de Deus, pois, com o
Pai já não mais era semelhante, mas um outro ser igual ou mais que o próprio
criador.
O homem, depois da livre escolha
do afastamento definitivo da presença de Deus, com orgulho e soberba, passou a
descobrir e provar todas as coisas e sensações do mundo criado por Deus; porém,
sem o poder de criação, que só pertence ao Pai Eterno.
O homem decaído escolheu o seu próprio
destino.
Movido pela inveja, ele tenta,
sempre, transformar a obra de Deus, prostituindo todo o Seu trabalho para mundanizar
a Sua sabedoria e colocá-Lo no esquecimento da história humana, como se fosse
um mero pensamento filosófico, relativo e já superado pela ciência e pelas
liberdades humanas.
Deus, dessa forma, passa a ser
algo superável pela razão humana onde o querer humano sempre significa “poder
do homem sobre tudo o que foi criado pela natureza” e não por Deus, que é
relativa e se transforma de tempos em tempos para gerar vida.
O homem passou a entender e
transmitir por gerações, como se fosse códigos de DNA, a falsa sabedoria de que
ele, criado pelas mãos da eterna Sabedoria, fosse o centro de toda a vida e de
suas possibilidades, pois era produto de evolução de uma única e mirabolante célula
que prosperou por todas as latitudes e longitudes.
Assim caminha uma pequena parte
da humanidade que, por vontade própria, enlouquece a si mesma, pois confunde o
seu minúsculo poder de descobrir uma parcela ínfima de sua efêmera realidade
com o original e absoluto poder de
criação que é próprio, que pertence e se confunde com Deus.
O direito de amar a Deus é um
direito humano que se expressa na plena liberdade de quer ser Seu amado filho,
sendo escravo do Seu Amor e da Sua Misericórdia. Nesta medida, o homem é livre
para percorrer o seu caminho na única via que pode nos levar à casa do Pai
Eterno, Jesus Cristo, e ser guiado e amado pela Mãe de nossa história, Maria
Imaculada.
Sejamos, pois, como seres humanos
e imperfeitos, humildes e obedientes à Palavra de Deus, pois para nossas
fraquezas, medos e incertezas, Ele nos enviou Seu Filho Amado como Luz e Caminho
seguro, que nos redimiu a todos da morte eterna, e a Virgem Maria, Sua e nossa
Mãe, para nos proteger e aconselhar nas nossas provações.
Fr. José Antonio Rocha.
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