domingo, 29 de novembro de 2015

O CAMALEÃO OPORTUNISTA, O FALSO PARAÍSO E O ABISMO IDEAL

A malícia e a degradação da dignidade da pessoa humana, como criação amorosa de Deus e à Sua imagem e semelhança, se dá quando compreendemos, racional e espiritualmente, a mensagem subliminar que está inserida na verdadeira luta que é travada entre a maldita e enganadora teologia da libertação e a sagrada, livre e divina obediência à palavra de Deus, que a nenhum dos seus amados filho oprime.
Esta maldição teológica age nos corações humanos com palavras mágicas provenientes da boca do mestre dos desejos, do senhor das ilusões, do pai da perdição, de tal forma que a muitos consegue enganar de forma irreversível, pois impõe àqueles por ela amaldiçoados, por livre vontade, o desejo, cada vez mais, de se afastarem da presença amável de Deus.
A maldição é tão imperceptível que as pobres almas não conseguem distinguir entre o falso paraíso terrestre, temporal e sem amor, daquele que é certo, eterno e amoroso, pois neste está a presença de Deus Pai. A carne e o espírito dos amaldiçoados se tornam cegos à Luz divina; todos agem e vivem como peixes que vivem dentro da água, embora esta nunca poderá ser vista por eles.
Como os loucos, agem como se a liberdade consistisse só no enfrentamento e na desobediência da palavra de Deus; mas, por não compreenderem que são escravos da iniquidade de um espírito amaldiçoado, vivem na mentira e longe da verdade. Pois, a verdade consiste na máxima expressão da liberdade e no temor de Deus. Não um temor de terror como estão habituados, senão o verdadeiro temor, isto é, o temor de se afastar definitivamente da presença de Deus.
Vencer as forças negativas do mal, através de um esforço hercúleo, com a Graça de Deus, é o passo inicial para uma síntese que nos impedirá de crer na errônea afirmação que tem como único propósito desconstruir a verdade, no sentido de que o mal produz vida e a mentira é o caminho mais prazeroso para o homem viver o paraíso terrestre, do agora, porque ele é permissivo e submisso à vontade intrínseca do homem, considerado o centro da história. Está ilusão é própria da loucura, pois não existe verdade no pensamento atávico da coerência dos inimigos de Deus.
Este jogo de ideias é a força motriz do mal, porque o mal é espírito que um dia já foi luz e, somente dessa forma, ou seja, como ideia, pode induzir no espírito humano a desobediência voluntária à Deus. Não há racionalidade pura no mundo do caos, pois ele foi criado e existe como desordem, como subversão. O cosmo só é racional e só há ordem na natureza porque neles há a existência de Deus.
Não se pode criar ou substituir a ordem criadora de Deus pela ordem do intelecto humano, pelo desejo irracional de uma alma ingenuamente diabólica, pois tal fato seria um verdadeiro paradoxo cognitivo. Seria a substituição diabólica da eterna Jerusalém por um abismo ideal, fanático, sem amor eterno.
Como, então, podemos compreender a pessoa ingenuamente diabólica?
Para compreendermos a pessoa ingenuamente diabólica devemos, com imparcialidade, analisar a pessoa pelo que é contra o que ela luta, dentro e fora dela. Porque sendo a arma de satanás a ideia, que é algo que não pode ser materializado pelos sentidos humanos, é a ação da pessoa que nos indicará quem realmente ela é de fato (ao vivo e a cores).
A pessoa ingenuamente diabólica, sempre solícita e atenciosa com todos, especialmente com os mais necessitados, os marginalizados, os oprimidos, os que não tem voz na sociedade, passa a viver uma realidade de mentira. Não há a Verdade nela, embora ela pareça ser e estar com a verdade. A verdade para ela é tudo aquilo que está de acordo com seus propósitos, que vai de encontro com seus mais sórdidos interesses, os quais são ostensivamente divulgados e defendidos por uma pequena, mas atuante, classe pervertida de falantes.
Só existe a Verdade quando há Amor. Só há verdadeiro amor pelo bem quando há verdadeiro ódio pelo mal, pena de vivermos em um estado de sonambulismo suicida, onde o homem se tornará um nobre selvagem; inimigo da divina racionalidade ele se torna um produtor de ideias destrutivas, um seguidor e propagador do negativo, cujo único propósito em sua miserável vida será procurar, em vão e incansavelmente, desconstituir o otimismo cristão católico.
E como se dá o ataque ao otimismo cristão católico?
O ataque à única unidade de perfeição que existe no universo e edificada por Cristo Jesus se dá através das críticas ingenuamente demoníacas e do desejo revolucionário e pacifista de destruição da obra de Deus através do falso poder criativo do mal. A ideia principal desta loucura é “fazer o mal para criação do bem”, é criar na terra o paraíso humano com a destruição da palavra transcendente de Deus, que é para o futuro, substituindo-a pela imanente palavra do falso profeta para o “aqui e agora”. Nesta maldição está implícita a máxima da substituição da liberdade do homem doada pela graça de Deus pela personalidade autoritária que conduz o homem, pelo medo e pelo ódio, a tudo o que não é amor.
Visa está ideia maligna quebrar a ordem divina, natural e harmônica das coisas criadas pelo Amor misericordioso de Deus e edificada pela obediência, ”até o fim”, de Jesus Cristo, único e perpétuo Senhor e Redentor do homem, para subjugar o homem à ordem irreal das coisas naturais; e, com tal e incansável exercício de alienação, incutir na alma e na existência do homem, a falsa e ilusória certeza de que o transcendente seja interpretado como uma mera ficção religiosa, um fruto de uma imaginação depravada, criação de uma mente desordenada,  um engano decorrente da  ignorância “dos mais fracos” e perpetrada para a dominação daqueles que amam e proclamam a única e eterna Verdade que é Deus Pai, Filho e Espirito Santo.
Ao dar nova interpretação da criação de Deus, o camaleão oportunista torna o inatingível em algo visível, palpável e, portanto, passível de atualização pelo intelecto humano, sempre atual e concreto (para ele não pode existir a certeza da vida futura e eterna com Deus, nem mesmo se admite a existência do bem e do mal, do céu e do inferno. Tudo é feito pelo bem da “causa”), de acordo com sua ideia de subversão da obra e da palavra de Deus.
Com isso, ele visa aperfeiçoar a fé de acordo com a racionalidade humana, sujeitando-a aos seus interesses ocultos para, e contando com o livre arbítrio do homem, apagar da alma humana a certeza de que o “Cristianismo” é um e único fato histórico que nos leva para a ordem, com a imanência histórica de toda a transcendência.


Fr. José Antonio Rocha.

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